Imagem Ilustrativa

VOCÊ ESTÁ EM: HOME / HISTÓRICO /

Histórico da cidade

Resumo da história

O município de Bálsamo foi fundado em 17 de novembro de 1920, porém, seu nome não se deve ao aroma agradável de algumas plantas, como sugere o dicionário. Na verdade, seu nome se deve ao Córrego do Bálsamo, riacho assim intitulado devido à grande quantidade de pés de bálsamo existentes em sua margem. Este pé é mais conhecido como cabreúva, árvore de madeira de lei, muito abundante à época e praticamente extinto da região nos dias de hoje.

As terras pertenciam a Lourença Diogo Ayala e seus filhos, Pedro e Salustiano. Vizinho a eles, o engenheiro José Portugal Freixo, dono de milhares de alqueires de terra na região, pediu aseu sobrinho, Cândido Brasil Estrela, que demarcasse as áreas da fazenda Bálsamo, recentemente comprada pelos irmãos Ayala. Cândido pediu, então, a doação de parte da margem esquerda da cabeceira do córrego para a formação de um patrimônio, o que foi aceito. Uma estrada foi aberta, então, cortando as terras, com o apoio de Feliciano Sales Cunha, e, na década de 20, uma garagem foi construída ali.

Em 17 de novembro de 1920, teve início o povoado “Nova Paz de Bálsamo”, após a doação de uma capela, pela família Ayala, além de outras substanciais contribuições, chamado, em pouco tempo, simplesmente “Garage”, para então, ser nomeada Bálsamo.

Rapidamente o povoado cresceu, devido ao avanço das lavouras de café e a fundação de Mirassol, na década de 10. Em pouco tempo cresceram o número de casas de alvenaria e o comércio local. Em março de 1923 instalou-se o Distrito Policial.

Os pioneiros eram mineiros, mas a eles se juntaram italianos, portugueses nordestinos e, sobre tudo, espanhóis, que eram em maior número e se dedicaram mais ao comércio.

Na década de 40 chegou a Estrada de Ferro, trazendo modernidade e facilitando o transporte do país. Na década de 60 a rodovia foi asfaltada.

Apesar de sua formação agrícola, atualmente a cidade é movimentada pelo comércio e pela prestação de serviços.

Bálsamo, Cidade das Palmeiras

Yolando Vidigal Soares, que era, além de dentista, fazendeiro e industrial, trocou o Rio de Janeiro por Bálsamo– atendendo a nomeação de sub-delegado para o Distrito Policial, e decidiu trazer com ele algumas mudas de Palmeiras Imperiais.

No ano de 1936, Yolando foi nomeado sub-prefeito do Distrito de Bálsamo e nomeado novamente em 1937, ocasião que planejou e construiu os jardins públicos da cidade, onde plantou por definitivo as mudas de Palmeiras Imperiais que havia trazido do Rio de Janeiro. Foram plantas 21 mudas, representando os 21 Estados que havia no Brasil, na época.

Conforme cresciam ao redor da praça, e por seu tamanho e beleza marcante, os moradores apelidaram, carinhosamente, o município de “Cidade das Palmeiras”. Hoje, além dos jardins públicos, elas podem ser encontradas por toda a cidade, deixando a paisagem mais bonita e agradável.

Do Distrito Policial a emancipação político-administrativa

Em 13 de março de 1923, Bálsamo passou a ser Distrito Policial - uma unidade fixa para atendimento, base e administração de operações policiais, investigações criminais e detenções temporárias.  Foi nomeado como sub-delegado Yolando Vidigal, pelo presidente do Estado Washington Luis.

Passou a ser Distrito de Paz em 18 de dezembro de 1925, pela Lei Estadual 2086. Após esta elevação, foi instalado em Bálsamo um cartório e agência dos correios. O primeiro sub-prefeito de Bálsamo foi Floriano Peixoto Abs, eleito em primeiro de janeiro de 1926 pela Câmara de Mirassol.

Em junho de 1953, Bálsamo, ainda distrito, apresentava as seguintes características:
· É servida pela Estrada de Ferro Araraquara, com estação de serviço telegráfico,
· Possui agência postal, do Departamento dos Correios e Telégrafos,
· Têm rede telefônica, da Companhia Telefônica Rio Preto,
· Têm força e luz, da Cia. Paulista de Força e Luz,
· População: 6.150 moradores, sendo urbano 1.500 e rural 4.650,
· Possui 310 prédios na sede,
· Possui 37 estabelecimentos comerciais e 20 industriais,
· Registram-se outras 24 atividades comerciais,
· São 175 propriedades agrícolas, totalizando a plantação existente de 5.500.000 pés de café,
· Estão instalados no distrito sete profissionais da área da saúde, sendo três médicos, três farmacêuticos e um dentista,
· O distrito ainda conta com um cinema, um rádio propaganda, um escritório de contabilidade e despachante e um clube de futebol – o Bálsamo Futebol Clube.

As principais fontes de riqueza do Distrito eram: café, cereais e pecuária. Com estas atividades e forte produção,muitos moradores aspiraram o desejo de independência político-administrativa, criando-se para tal fim a Comissão Pró Município, no sentido de conduzir o processo e suas tramitações legais.

No dia 08 de março de 1953 foi realizado o plebiscito – com os moradores de Mirassol, Distrito de Bálsamo e Distrito de Mirassolândia – para consultar sobre a conveniência de ser elevado ou não o Distrito de Bálsamo a categoria de município. O que ocorreu de forma positiva.

Em 30 de dezembro de 1953, Bálsamo foi elevado a município pela Lei Estadual 2.456, que entrou em execução em primeiro de janeiro de 1954. A sua administração, entretanto, continuou a cargo da prefeitura de Mirassol.

As eleições municipais, para instalação dos poderes executivo e legislativo balsamense, realizaram-se em 03 de outubro de 1954. Votaram 1.098 eleitores.

O município instalou-se em primeiro de janeiro de 1955 e seu povo recebeu o adjetivo de balsamense.



Praça Dr. Alcides Ferreira em 1958 Praça Dr. Alcides Ferreira em 1958
Praça Dr. Alcides Ferreira em 1958

Garagem construída por Feliciano Sales Cunha, em 1920 Garagem construída por Feliciano Sales Cunha, em 1920
Garagem construída por Feliciano Sales Cunha, em 1920

Carregamento de cereais, depois levados até Santos para exportação Carregamento de cereais, depois levados até Santos para exportação
Carregamento de cereais, depois levados até Santos para exportação

Família balsamense e, ao fundo, a Igreja Matriz em 1929 Família balsamense e, ao fundo, a Igreja Matriz em 1929
Família balsamense e, ao fundo, a Igreja Matriz em 1929