Nascida no dia dois de junho de 1947, filha de Juvenal de Souza Góes e Antonia Navarro Góes, Vera Maria cresceu e estudou em Bálsamo até o fim do hoje conhecido primeiro grau. Desde cedo seus pais estimularam os talentos e a dedicação aos estudos da filha. Vera Maria Navarro Góes Lourenço formou-se professora de Piano pelo Conservatório Musical de Rio Preto, juntamente com sua mãe pouco antes de decidir mudar-se para São Paulo e preparar-se para entrar na Faculdade de Medicina. Nessa época, já namorava o então rapaz Alcides Lourenço Violin, o que não foi capaz de tirar-lhe os grandes planos de seus ideais.

Essa filha de Bálsamo entrou na faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo em 1967, de lá saindo apenas em 1972, para se casar em Bálsamo com o agora advogado Alcides Lourenço Violin. Viveu por mais dois anos em Ribeirão Preto, para se tornar especialista em Ginecologia e Obstetrícia, e então fixar residência em Mirassol a partir de 1974.

Foi médica de muitas mulheres da nossa região, ajudou vários filhos de Mirassol, Bálsamo, Jaci e região a vir ao mundo. Cuidou de várias pacientes com atenção às vezes de mãe, às vezes de filha, muitas vezes como confidente. Passava seus finais de semana aqui, com sua família, seu maior centro de referencia, porém sem nunca abdicar de estudar cada vez mais sua área de atuação para garantir o melhor para os seus pacientes. Decidiu especializar-se também em ultra-sonografia, quando tal exame diagnóstico ainda era pouco disponível na região, e dessa maneira ampliou sua rede de atuação também sobre os homens dessas cidades.

A Drª Vera amava ser médica, ser filha de Bálsamo, ser filha de seus pais, ser esposa do Dr. Alcides e mãe de seus dois filhos, Anna Carholina e José Leonardo, que tentam agora seguir o legado de sua mãe da maneira que lhes for possível. Durante os anos em que ficou doente, a Dra Vera continuou trabalhando naquilo que lhe dava mais prazer: ajudar aos que mais necessitavam naquilo que ela podia oferecer, qual seja, seus conhecimentos médicos e sua solidariedade. 

Seu falecimento no dia seis de agosto desse ano privou a todos que com ela conviviam de alguma maneira e principalmente aqueles que podiam amá-la mais de perto, do conforto de suas palavras, dos ensinamentos de suas conversas e da alegria de seu sorriso aberto e livre, uma perda que jamais será reparada nos corações daqueles que aqui permaneceram.